terça-feira, 7 de maio de 2013

A Vida Bate - Ferreira Gullar e Siron Franco

Editora  Impsat,1999. 


Dica de Leitura

Poemas de Ferreira Gullar e pinturas de Siron Franco: "Trata-se de um livro de arte, em louvor da obra extraordinária de Siron Franco. Difícil um poeta sobreviver ao lado de um artista da magnitude do goiano Siron Franco! Difícil não ser apenas legenda ou rodapé... mas Gullar tem brilho próprio, marca seu território mesmo quando generosamente se volta para a louvação de um artista parceiro."  Antonio Miranda






domingo, 5 de maio de 2013

As Montanhas de Buda

Imagem: www.viajero-turismo.com

Reflexão:

" A jovem camponesa Kinsom ousa defender um homem agredido por chineses e grita "Viva o Tibete livre!". Isso é a senha para que seja detida e fique três anos na prisão de Gutsa. Lá conhece Yandol, uma monja de quinze anos com quem começa uma amizade. Por meio da fé e da solidariedade sobrevivem às dificuldades da cadeia. 

Após fugirem da prisão, as amigas decidem se juntar a um grupo de refugiados que pretende atravessar as montanhas do Himalaia durante a noite. O objetivo é deixar a opressão em que vivem para encontrarem a liberdade e seu líder espiritual, o dalai-lama, na Índia. Para tornarem realidade o sonho de uma vida melhor,as jovens terão que sobreviver ao cansaço, ao frio, a fome e as implacáveis patrulhas chinesas."

Leia mais em: http://noticias.bol.uol.com.br/internacional/2010/05/30/em-quotas-montanhas-de-budaquot-autor-revela-a-opressao-chinesa-no-tibete.jhtm






quarta-feira, 1 de maio de 2013

Os Sapatinhos Vermelhos

Os Sapatinhos Vermelhos de Paula Mastroberti, baseado em conto de H. C. Andersen, com belíssimas ilustrações da autora.


Dica de Livro Infantil

A história conta sobre uma menina chamada Caren, que era maltrapilha e morava na rua, na praça.  Uma certa dama lhe trouxe para viver na sua mansão. Um dia ela entrou na casa do sapateiro louco que lhe deu uns sapatinhos vermelhos que tinham o estranho poder de dançar. 

O sapateiro falou para não usar muito , não dançar muito, e a menina não o obedecia , o sapateiro louco resolveu pegar os seus sapatos de volta.

No baile O sapateiro estava lá a espera da menina para lhe tomar o sapato , quando a menina estava nos braços dele, a Madrinha a viu a faca nas mãos dele e... Confira!

Os Sapatinhos Vermelhos
Paula Mastroberti





Rainha dos Elementos - Parte II


Imagem: UOl Cultura

  Conto de Férias - Em viagem tudo é possível, inclusive encontrar a própria mãe da águas: Iemanjá.

Era quase inacreditável, uma experiência destas em pleno meio-dia, em uma praia cheia de gente! - pensava Lisa, quase incrédula.
Alguns curiosos se aproximaram comentando o fenômeno. Eles viram a neblina se mover estranhamente até a praia e depois voltar para o alto mar, mas não viram nada além disso.
Silenciosamente, Lisa caminhou devagar para perto de Marina, tirou a roupa molhada, ficou só de biquíni e sentou na cadeira olhando sem ver as ondas cintilantes que se desfaziam suaves na areia, até que a voz da amiga quebrou o seu encantamento.

- Que coisa estranha essa névoa. Veio e foi tão rápido. E por falar nisso, estás com uma cara muito estranha. Que foi que te deu? - perguntou Marina séria.
- Você vai rir e não vai acreditar em mim. Acho melhor eu não falar nada, eu te conheço muito bem. Vai debochar de mim... pra valer!
- Vai! Conta! - insistiu a outra mais que curiosa. 
- Se você rir vai ver! Bem, eu trouxe um livro sobre o mundo encantado das fadas, do Ted Andrews, que ensina como entrar em contato com os reis e rainhas dos elementos. Obviamente andei praticando... e não é que...acabei de ver a própria Iemanjá! - disse sem fôlego.
- Sério? Mas é uma bruxa mesmo! - disse caindo na gargalhada.

Ela riu tanto que começou a segurar a barriga, fazendo Lisa perder a seriedade e rir também. Depois de recuperada de tanto rir,  Marina falou:
- Você... Não espera... Que eu acredite... Que você viu Iemanjá, naquela neblina? Tá maluca, os centros de religião vão te processar, viu! É melhor pensar bem antes de contar isso pra alguém! Ai, ai... Que engraçado!
- Não pode ser normal, você deve ainda estar sob o efeito da bebida de ontem pra rir desse jeito- disse dando um tapinha de leve nas costas da outra- eu sabia que você ia morrer de rir de algo tão sério assim.
- Por favor, não consigo parar de rir! - exclamou. Deve ser efeito do teu encontro. Mexeu com as minhas emoções... Aii!
- Ah, então você acredita! - replicou Lisa.
- Claro, no fundo, bem no fundo eu acredito. - disse, piscando o olho.
- Afinal, já dizia o poeta nos lembrando da nossa vã filosofia e parco conhecimento das leis do universo, que tudo é possível entre o céu e a terra e até mesmo tal encontro.
- Que profundo. Até parece gente falando.
- Engraçadinha. Vamos almoçar que essa história toda abriu o meu apetite... Vamos bruxa! Vai! Me ajuda com estas coisas aqui... sua bruxa maluca! - cutucou Lisa apontando as cadeiras de praia, a toalha, o protetor solar, revistas e mais tantas quinquilharias que ninguém pode acreditar que alguém pense em carregar tudo isso até a praia.
- Sabe o que a minha madrinha diz? - disse Lisa sacudindo a areia dos chinelos.
- O quê?- inquiriu Marina.
- Que quem é nunca quer ser sozinho. - A outra olhou sem entender e Lisa falou sorrindo.
 - Não entendeu? Quer que eu explique... B-r-u-x-a... Bruxa!

Imediatamente as duas caíram na risada. Marina tinha um ácido bom humor e sabia rir de si própria. Pena que só se encontravam nas férias. Coisas do Universo, pensou com um sorriso largo no rosto.

Depois do almoço, Lisa foi para o seu apartamento trocar o biquíni úmido. Imediatamente ao chegar lavou o biquíni,  o short e a blusa colocando tudo no varal da sacada onde estava hospedada. Ela olhou para o mar e os morros distantes, a aldeia de pescadores à direita, o costão à esquerda e, pensativa, acompanhou o voo de uma solitária gaivota. Lembrou-se do encontro com a Rainha das águas e o encontro parecia  tão claro em sua memória: a neblina, o canto, a luz pulsando, a silhueta, a visão suave da própria deusa das águas! Só não conseguia se lembrar do que haviam conversado. Era algo sobre renascimento dos sonhos, talvez, não lembrava direito, só o encontro já era um grande presente, sorriu e disse alto:

- Quem tiver olhos de ver que veja! Só sei que eu estou muito feliz e toda vez que viajo de férias para esta praia em Santa Catarina algo extraordinário acontece, muito interessante. Deve ter um portal dimensional por aqui. 

Autora: Neusa Rocha