Fonte: http://www.psicenter.psc.br/indigo.htm |
O seu filho "viaja" quando ouve algo que não lhe interessa na aula?
Ou vira-se para um papo-cabeça com o colega? Ele parece desatento e distraído, mas fica horas superconcentrado no que gosta, como jogos de computador, futebol outeclados de um piano?
Ele é rebelde, respondão e detesta injustiças? Precisa que você lhe explique com todo o carinho os motivos para que obedeça? Pois seu filho pode ser um índigo a cor arroxeada
do jeans, quase lilás, e escolhida por representar uma aura positiva. O rótulo foi criado por especialistas americanos para designar uma criança hipersensível, cujo cérebro recebe muito mais estímulos que a média dos mortais.
Algumas vezes, as crianças índigo não distinguem se são sonhos ou visões e nem sabem que são índigo. Mas não se trata de um fenômeno raro. Para a psiquiatra Ana Beatriz B. Silva, o índigo ou o lilás é a versão superdotada dos portadores do já conhecido distúrbio do déficit de atenção (DDA), uma característica do funcionamento cerebral superestimulado. Há poucas décadas, o DDA era tido como doença, lesão cerebral ou disritmia, que deveriam ser tratadas com drogas pesadas, segundo ela, uma visão hoje "ultrapassadíssima".
Algumas vezes, as crianças índigo não distinguem se são sonhos ou visões e nem sabem que são índigo. Mas não se trata de um fenômeno raro. Para a psiquiatra Ana Beatriz B. Silva, o índigo ou o lilás é a versão superdotada dos portadores do já conhecido distúrbio do déficit de atenção (DDA), uma característica do funcionamento cerebral superestimulado. Há poucas décadas, o DDA era tido como doença, lesão cerebral ou disritmia, que deveriam ser tratadas com drogas pesadas, segundo ela, uma visão hoje "ultrapassadíssima".
No Brasil, como a revolução tecnológica chegou alguns anos mais tarde, a explosão de potencialidades dessa nova geração índigo ainda está por despontar, mas Ana Beatriz já vê alguns deles, como o músico Marcelo Yuka, seu paciente há quatro anos, cujo "faro para a estranheza", como ela brinca, vem desde a infância: Tudo o que Marcelo Yuka descobre em termos de sons e parece estranho, depois de algum tempo vira popular. Os índigos têm ainda uma intuição exacerbada, como a Salete, que, segundo Ana Beatriz, é interpretada como uma espiritualidade elevada: Mas o que a ciência comprova é que os índigo têm um funcionamento cerebral diferente. Se não forem bem compreendidos, podem ser confundidos com pessoas impulsivas e agitadas. (...)
Como lidar com o índigo
SEM IMPOSIÇÕES: A psicóloga Débora Gil diz que os pais do índigo não devem fazer imposições só por necessidade de obediência. Essas crianças sensíveis, talentosas e inteligentes não aceitam explicações do tipo porque sim ou porque não, respostas, segundo ela, tidas como de criança mas muito usadas por pais autoritários. Essas crianças não funcionam assim e exigem que os pais, com calma, expliquem o porquê de suas ordens.
CASTIGOS ABSURDOS: As ameaças de castigos absurdos, como o homem do saco vai pegar, vão passar pimenta na boca ou o papai do céu vai castigar, podem fazer o feitiço virar contra o feiticeiro. O índigo vai ver que esses castigos não acontecem e perderá o respeito por esses pais.
DISCUSSÕES FECHADAS: Nunca se deve discutir a respeito do índigo na frente dele. Ele vai querer participar da discussão.
PAIS DIVERGENTES: Se o índigo percebe que os pais discordam em muitas questões e ele percebe tudo vai acabar manipulando a família inteira.
PAIS ATUALIZADOS: Os pais do índigo devem se atualizar em questões de alta tecnologia para poder acompanhar a criança e conversar com ela. Os índigos preferem revistas de ação, desenhos mais elaborados como os do X-Man, de tecnologias mutantes, jogos eletrônicos hiperativos como The Sims, que é uma simulação da vida real; o Civilization, que cria estratégias para a civilização desde o começo do mundo e leva meses para terminar. Se os pais não se atualizam, segundo Débora Gil, rapidamente os índigos deixarão de falar com eles, com a convicção de que eles não entendem nada mesmo.
REDAÇÃO NA ESCOLA: A psiquiatra Ana Beatriz B. Silva diz que nos Estados Unidos as escolas assimilaram há algumas décadas a lidar com os índigos, estimulando suas potencialidades. Uma sugestão de Débora Gil é a de redações de temas livres e variados.
O índigo escreve com pressa, come palavras e teria mais facilidade em escrever sobre o que mais lhe agrada.
PROFESSOR ALIADO: As turmas do índigo devem ser pequenas e o professor não deve ser um superior, mas um aliado. Uma maneira de trazer a atenção do índigo é lhe passar tarefas significativas, papéis de responsabilidade. Ele deve ser convidado para ser o monitor, um auxiliar do professor e jamais deve ser repreendido em público, muito menos de maneira estúpida ou severa. (...)
O que a neurociência comprovou, segundo Débora Gil, é que o lobo pré-frontal do cérebro, que filtra os estímulos externos, trabalha mais devagar nessas crianças. Isso significa que as demais partes do cérebro recebem mais estímulos e trabalham mais rapidamente. A psiquiatra Ana Beatriz B. Silva explica que essas crianças são hiperestimuladas e, por isso, são mais inteligentes, sensíveis, intuitivas, criativas e ativas. (...)
Texto compilado de Márcia Cezimbro
Colaboração: Lílian Fernandes
Leia na integra em O Globo.Dica de Leitura:
Educando Crianças Índigo