sábado, 10 de novembro de 2012

A Rainha dos Elementos

Imagem: nrocha



Iemanjá! - Parte I

     Só faltava uma semana para o início do Carnaval e estava tudo relativamente calmo por ali. Os amigos que haviam alugado o apartamento junto ao seu, pela manhã, foram para o lado norte da ilha de Florianópolis e eles iriam voltar apenas no dia anterior ao da folia, daqui a três dias.

     - Oi, Lisa... - ouviu alguém chamando, procurou e viu Marina, irmã do Milton, um amigo de longa data que morava e era dono de um bar naquela praia. - Oi! - respondeu ao aceno e foi até ela.

     - Então, bruxa! Por onde tem andado? Não aparece mais! Perdeste um festão ontem. Eu pra variar tomei todas!- disse soltando o riso- Pega uma cadeira pra você, amiga!

     - Nossa, tive que descansar do passeio que fiz ontem. Mas, que bom que vocês se divertiram!
     - Olha o que eu estou lendo - mostrou a capa do livro e leu em voz alta: A Sacerdotisa - mistérios, cantos e ritos do Antigo Egito.
     - O Egito deve estar na moda pra você estar lendo um livro tão grosso, disse brincando e pegando o livro, abrindo na página que estava marcada, leu:

     - ... Ísis, graças ao seu poder de feiticeira, tem acesso ao primeiro escalão do panteão dos deuses egípcios, inclusive o próprio deus Rá ou Ré (sol) é dominado por ela. O seu templo em Dendera tem uma inscrição que diz que ela nasceu sob a forma de uma mulher negra e vermelha. A própria rainha Cleópatra se identifica com Ísis e passa a se chamar Nea Ísis... 

Ela parou de ler e devolveu o livro para Marina que fez uma careta e sorriu nervosa.

- Interessante como as deusas e o poder feminino estão em alta. Não acha bruxa?- disse provocativa.
- É um problema toda essa propaganda!- disse Lisa galhofeira olhando distraída para o mar, nisso ela observou que uma neblina estava se formado do nada e deslizava rente a superfície do mar em direção à praia.

- Olha, que impressionante com um sol destes... e uma neblina está formando-se lá no meio do mar!
- Deve ser chuva! - replicou Marina e sem prestar muita atenção começou a folhear o livro.

Algumas nuvens ralas taparam o sol e a névoa foi se aproximando mais e mais. Neste momento, Lisa ouviu nitidamente um canto, olhou para dentro da névoa e viu uma luz pulsando ao longe. Não teve dúvida pulou da cadeira e foi até a beira do mar em direção à névoa. Através do seu terceiro olho ela pode ver a silhueta de uma mulher...  

Lisa foi entrando no mar e quando deu por si já estava com água até a cintura. Olhou para baixo e de tão transparente que era a água viu os pés e percebeu que o seu short branco estava ficando todo encharcado e quando voltou o olhar para frente levou um choque.

Agora via, perfeitamente, com os olhos físicos! Era uma visão esplêndida! A própria Iemanjá, tão linda! Deleitou-se com a visão encantadora e fixou o olhar nos longos cabelos negros enfeitados de estrelas iridescentes que lhe caía solto pelos ombros. A Deusa das Águas estava vestida de ondas etéreas inexplicáveis e de um manto azul turquesa bordado de conchas, pérolas, flores e fios de prata feitos de pura luz que só adivinhava devido a magnificência mágica a sua frente.

 As ondas batiam suavemente em seu dorso, Lisa cerrou os olhos e a visão era mais clara ainda em sua mente. Após um breve segundo de êxtase, a névoa começou a recuar lentamente e quando chegou ao meio da linha do horizonte, lá no mar azul se desfez completamente. 

Ainda sob o efeito do encontro Lisa mergulhou diversas vezes na água cristalina. Estava inexplicavelmente feliz. Era o sinal que ela vinha buscando há dias. - pensou radiante. 

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Ah, Os Prazeres da Mesa...

POLENTA GRELHADA MEDITERRÂNEA
Receita da chef Flavia Quaresma

Serve: 50 canapés

INGREDIENTES
160 g de fubá
900 ml de caldo de legumes
sal e pimenta-do-reino a gosto
60 ml de azeite
10 fatias de presunto de Parma crocante
50 lâminas de berinjela grelhada
50 tomatinhos cereja assados
50 folhinhas de manjericão

PREPARO
Coloque a água em uma panela, leve ao fogo e deixe ferver. Diminua o fogo e adicione, pouco a pouco, o fubá. Mexa energicamente com um batedor (fouet). A polenta irá borbulhar como um vulcão. Cozinhe por aproximadamente 25 minutos, mexendo para não deixar criar casca na parte de cima. A polenta estará cozida quando desgrudar facilmente da panela e estiver espessa. Tempere com sal e pimenta.
Espalhe essa mistura numa placa com altura de 1 cm e deixar esfriar. Porcione a polenta em círculos, com o auxílio de um cortador, e grelhe com azeite.
Monte o canapé, colando sobre a polenta grelhada a lâmina de berinjela grelhada, o tomatinho assado, um pedacinho de presunto crocante e, por último, a folhinha de manjericão.


Descubra mais receitas e segredos no generoso livro:

Segredos de Chefs: 
as Melhores Técnicas dos Mestre da Gastronomia atual. 
Maroukian, Francine.



Publifolha, 2006. 224 p.
Dicas e preciosas técnicas muito bem explicadas para quem quer cozinhar e surprender. 
Referencial simples e essencial para a boa culinária.

sábado, 25 de agosto de 2012

Sai Baba: Encarnação do Amor


http://luzamorosarenascimento.blogspot.com.br/search/label/Sai%20Baba

Reflexão: 

"Só Existe uma Religião, a Religião do Amor. Só existe um idioma, o idioma do coração. Só existe uma classe social, a humanidade. Só existe um Deus, e Ele é onipresente". 
(Sathya Sai Baba) http://www.sathyasai.org.br/


http://renovacaodeshiva.wordpress.com/2011/06/22/sathya-sai-baba/


Sathya Sai Baba nasceu dia 23 de novembro de 1926 na Índia, mais precisamente em uma pequena aldeia chamada Puttaparthi, localizada no estado de Andra Pradesh, a 160 km de Bangalore.

Recebeu o nome Sathya Narayana Raju, e desde 
os nove anos já manifestava habilidades para dançar, cantar e compor canções e poemas. 

Era vegetariano por convicção e demonstrava muito amor pelos animais. 

Dia 20 de outubro de 1940, aos 14 anos, passou a ser conhecido com o nome de Sathya Sai Baba ou apenas Sai Baba e que sua missão era promover a regeneração espiritual da humanidade

Em 1950, seus seguidores construíram um Ashram (comunidade espiritual) próximo à aldeia onde Sai Baba nasceu, o qual foi denominado Prasanthi Nilayam que significa Morada da Paz Suprema.

O Eterno Bhagavan Sri Sathya Sai Baba decidiu deixar Seu corpo físico no dia 24 de Abril de 2011, às 07:40 da manhã, em Puttaparthi, sudeste da Índia.


Sai Baba dizia: “Minha vida é minha mensagem” 

E sua mensagem principal  é e sempre será o amor incondicional e o ecumenismo religioso.


Conheça mais o Avatar de nosso tempo Sathya Sai Baba, através de sua obra:



Dica de Leitura:

Sai Baba: 
a Encarnação do Amor
Peggy Mason e Ron Laing


Nova Era, 1999.  


domingo, 1 de julho de 2012

"ba dum...ba dum...ba dum...ba dum..."




Você conhece a Pantera Cor de Rosa?

O desenho animado sem diálogo nenhum foi criado como uma vinheta de abertura do primeiro filme, em 1964, de Blake Edwards.A seqüência animada de três minutos teve acompanhamento musical de Henri Mancini, e segundo consta, tornou-se mais popular que o filme, pelo que Freleng e DePatie foram contratados para criar uma série de desenhos animados que consegue cativar a todos.

Não posso negar que já tive paixões exasperadas pela pantera de cor rosa de rabo longo e caminhar relaxado. Já passei da alegria ao tédio, e depois pela indiferença até mesmo chegar ao ódio por essa pantera que não fala nada nunca! E, agora pensando nela tenho de reconhecer que há no meu coração uma certa preferência (secreta!) pela felina. Ou seria felino?

Na década de 70 o desenho, a música- tema, a felina rosa e o inspetor baixinho  já tinham se transformado em um fenômeno cultural de massa. Um desenho de cenário e traço simples mais com cenas muito engraçadas e teatrais foi o gancho para o sucesso que levou à Academia de Cinema de Hollywood dar um Oscar pelo conjunto da obra.

Em 2004, a imagem da Pantera foi renovada pelo artista plástico e ilustrador americano Josh Agle, conhecido como Shag, em homenagem aos seus 40 anos de idade.

Memorial:

1964- O primeiro curta metragem da Pantera Cor de Rosa.
1968 to 73 - NBC transmite 140 representações teatrais curtas da Pantera Cor de Rosa nas manhãs de sábado.
1973- ABC oferece novas séries estreiando 36 curtas inéditos da Pantera.
1975- "O retorno da Pantera Cor de Rosa" é realizado. Recebe 4 estrelas dos críticos do mundo todo.
1976- A Pantera Cor de Rosa recebe elogios novamente quando aplaudida por críticos.
1978- "A vingança da Pantera Cor de Rosa" é realizado. Críticos dizem que o filme é indiscutivelmente a melhor série da TV.
1981- Friz Freleng é eleito pelo American Film Institute e pelo British Film Institute pelo seu tipo de trabalho.
1982- "A pista da Pantera Cor de Rosa" é realizado. São combinadas cenas do antigo Peter Sellers com os novos David Niven e Herbert Lom.
1982- MGM/UA televisão coloca 176 desenhos curtos da Pantera Cor de Rosa na sindicância cobrindo virtualmente todos os mercados nos EUA.
1983- "A maldição da Pantera Cor de Rosa" é realizado. Estrelando Ted Wass da TV SOAP. Críticos acharam o filme encantador, memorável e hilário.
1993- "O filho da Pantera Cor de Rosa" é realizado. Estrelando Roberto Benigni e Herbert Lom.
1993- A estréia da nova Pantera Cor de Rosa. 60 episódios atualmente no ar em 56 países.
2004- A Pantera ganha um novo visual e muitas homenagens pelo aniversário de 40 anos. 
2012- A Pantera recebe a nossa homenagem..."ba dum...ba dum...ba dum...ba dum...""ba dum...ba dum...ba dum...ba dum...""ba dum...ba dum...ba dum...ba dum...""ba dum...ba dum...ba dum...ba dum..."



terça-feira, 5 de junho de 2012

Cal Jung, Ao Encontro da Sombra!

Mandala de Jung. Fonte: http://jungcurrents.com/people/eliade/




Carl Jung, psiquiatra suíço, estudou por muito tempo os arquétipos que, segundo ele,  são modelos de comportamentos ou personalidades. 


Jung sugeriu que a psique era composto de três componentes: o ego, o inconsciente pessoal eo inconsciente coletivo.

Segundo Jung, o ego representa a mente consciente, enquanto o inconsciente pessoal contém memórias, incluindo aqueles que foram suprimidas ou reprimidas. Por outro lado, o inconsciente coletivo é um componente único que contém todo o conhecimento e experiências que compartilhamos enquanto humanidade.

No inconsciente coletivo existem esses arquétipos que são modelos inatos, universais e hereditários. o número de arquétipos existentes não é estático ou fixo e considera-se os quatro principais arquétipos, como: o auto, a sombra, a anima/animus e a persona.

O auto é um arquétipo que representa a unificação da inconsciência e da consciência de um indivíduo.

A anima / animus representa o "eu verdadeiro"  e serve como a principal fonte de comunicação com o inconsciente coletivo. 

A persona é a forma como nos apresentamos ao mundo. De acordo com Jung, a persona pode aparecer em sonhos e tomar uma série de formas diferentes.

sombra é um arquétipo que existe como parte da mente inconsciente e é composto de idéias reprimidas, fraquezas, desejos, instintos e deficiências. 

Este arquétipo pode aparecer em sonhos ou visões e pode aparecer como uma serpente, um monstro, um demônio, um dragão ou alguma outra figura escura, exótica ou silvestre.


Dica de Leitura:

Ao Encontro da Sombra 
Jeremiah Abrams Orgs.


Cultrix, 2004. 360 pags.; 
O Potencial Oculto do lado Escuro da Natureza Humana. 

A obra é uma coletânea de 65 artigos que oferecem um panorama amplo do lado sombrio da natureza humana. Os artigos apresentam como a sombra se manifesta na vida pessoal, familiar, afetiva e nas relações de trabalho, políticas, religiosas, sexuais e amorosas. Também, apresenta exercícios que nos possibilitam transformar as emoções negativas. 


domingo, 20 de maio de 2012

História do Medo no Ocidente, de Jean Delumeau

Jean Delumeau. Fonte: babelio.com


Jean Delumeau é professor Emérito do Collège de France e um importante e reconhecido historiador da atualidade. Destaca-se o estudo das atividades da Igreja Católica como principal tema a marcar a sua obra.  


Em História do Medo no Ocidente ( 1300- 1800), editado pela Companhia das Letras, Delumeau desenvolveu um estudo aprofundado revelando-nos os pesadelos mais íntimos da civilização ocidental do século XIV ao XVIII - o mar, os mortos, as trevas, a peste, a fome, a bruxaria, o Apocalipse, o judeu, a mulher, os muçulmanos. Conforme, Delumeau a civilização só cresceu quando superou os seus medos:

"O medo faz parte da condição humana. Todos os medos levam ao medo da morte. E estamos todos submetidos à morte. Mas os medos mudam no tempo e no espaço em função dos perigos que se apresentam à Humanidade."


        Volaverunt, de Goya. 

Litografias presente na obra : " Os Caprichos", de Goya.
Ver imagens da obra de Jean Delumeau em Web Gallery of Art: http://www.wga.hu/


 Confira esta historiografia do Medo no Ocidente completa e surpreendente! 


Dica de Leitura:



Companhia das Letras, 1989.
Livro em Estado de Novo.


quinta-feira, 17 de maio de 2012

Mitologia Celta

Morrighan: Deusa Celta do Amor e da Guerra, desenho de Juliano Oliveira.
Fonte: http://juliano-outromundo.blogspot.com.br/2007/06/morrighan-deusa-da-morte_30.html

O Livro da Mitologia Celta - Vivenciando os Deuses e Deusas Ancestrais


Com a palavra, o autor... Escrever “O Livro da Mitologia Celta” foi ao mesmotempo um fardo e um prazer – um fardo pela exaustiva pesquisa a que me dispus e um prazer pela fluidez com que o texto final jorrou de minha pena (ou melhor, de meu teclado...).

Minhas viagens à Irlanda e à Grã-Bretanha, os locais que visitei, as pessoas queconheci e os ensinamentos que recebi formam a essência desse trabalho, complementado pela leitura e estudo de textos importantes de alguns dos mais renomados celtistas – alguns dos quais tive o prazer de conhecer pessoalmente e ter como instrutores. Um deles, o renomado inglês John Matthews, não só me inspirou e orientou como também me brindou com um precioso prefácio ao livro.


 “O Livro da Mitologia Celta” é dividido em duas partes: na primeira, uma introdução histórica ao universo celta: origens históricas, desenvolvimento cultural, principais fontes mitológicas; na segunda, treze capítulos explorando os mitos e lendas de alguns dos mais importantes deuses e deusas celtas – Morríghan, Arthur, Cerridwen, Lugh e outros – numa mescla de informação e reflexão.

Afinal, os mitos são as biografias dos deuses, e os deuses vivem através de nossas vidas.



Leia Mais em:
http://www.claudiocrow.com.br/livroscursos1.htm




segunda-feira, 14 de maio de 2012

Sincronicidade e as Artes Divinatórias

Tarot: "O Mundo": - Imagem: nrocha


A Nova Era tem trabalhado muito com a idéia de sincronicidade, um conceito desenvolvido por Carl Gustav Jung para definir acontecimentos que se relacionam não por causalidade e sim por relação de uma "coincidência significativa".

A conexão da Ciência Quântica com conceitos como a não-localidade e a causalidade, levou-a a ligar-se de uma forma mais profunda com vários conceitos filosóficos, psicológicos e espirituais.

Segundo, Jung há quatro funções psicológicas fundamentais, que são: pensamento, sentimento, sensação e intuição.

Estas funções colaboram entre si para encontrarmos a sincronicidade em nossa vida e consequentemente nos possibilita a escolha do melhor caminho a seguir naquele momento.

As artes divinatórias tem a capacidade de funcionar como um catalizador e um revelador desta capacidade de sincronicidade que temos naturalmente.

Então, através das cartas do Tarot, juntamente com o conhecimento daCabala, da Astrologia, da Geomância ou do I Ching, poderemos ampliar a nossa percepção do mundo cotidiano e do mundo extraordinário que nos cerca, abrindo portais para que a psique se manifeste e nos guie pelos caminhos iniciáticos internos e externos, além do Espaço -Tempo.


uma Exaltação do Poder de Cura e de Transformação
Charles e Anne Simpkinson - Organizadores

 Rocco, 2002.


domingo, 6 de maio de 2012

Poesia de Alice Ruiz

Imagem: Atricot


Rosai por nós

Música: Chico César 
Letra: Alice Ruiz 

nossa senhora da flor roxa
rosai por nós
assim na vida
como no chão
a primavera de cada ano
nos dai hoje
encantai nosso jardim
assim como encantamos
o do vizinho
e não nos deixeis cair na tentação
de esquecer tuas flores



Imagem: nrocha




Sim ou não


Música: Estrela Ruiz Leminski e Téo Ruiz

Letra: Alice Ruiz e Estrela Ruiz Leminski



O sim tem três letras
O não também
Talvez tem seis
Porque é a soma
do que os outros dois têm
A diferença entre eles é o til
Que o sim não tem
E o não tem sim

a gente só diz sim
ou não
e se, às vezes,
diz talvez
quer dizer
um desses dois
ou sim
ou não

pelo sim e pelo não
não diga só talvez
diga não
não não é talvez
diga sim
sim não é talvez
ou não




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terça-feira, 1 de maio de 2012

Buda Sakyamuni
 Festival de Wesak ou Festival da Iluminação do Buda

 Podemos dizer que o Festival de Wesak pode ser definido como um dos mais importantes festivais da Lua Cheia do ano.

Wesak celebra a possibilidade de seguirmos o exemplo de Buda e  nos aprofundarmos em nossa espiritualidade.

O Festival ocorrerá no dia 05 e 06 de maio de 2012 – Lua Cheia - às 00h35min no horário de Brasília (Brasil).


Visite:


sexta-feira, 13 de abril de 2012

Como Deus emerge no processo evolucionário?

Fonte: NASA.






Leonardo Boff

A nova cosmologia, derivada das ciências do universo, da Terra e da vida, vem formulada no arco da evolução ampliada. Esta evolução não é linear. Conhece paradas, recuos, avanços, destruições em massa e novas retomadas. Mas, olhando-se para trás, o processo mostra uma direção: para frente e para cima. (...)


Escreveu com razão o conhecido matemático e físico Stephen Hawking em seu livro Uma nova história do tempo (2005):”tudo no universo precisou de um ajuste muito fino para possibilitar o desenvolvimento da vida; por exemplo, se acarga elétrica do elétron tivesse sido apenas ligeiramente diferente, teria destruído o equilíbrio da força eletromagnética e gravitacional nas estrelas e, ou elas teriam sido incapazes de queimar o hidrogênio e o hélio, ou então não teriam explodido. De uma maneira ou de outra, a vida não poderia existir".(...)

Leia o texto na integra no site do Jornal do Brasil.


Dica de Leitura: 


Uma Nova História do Tempo.
 Stephen 
 Hawking &
Leonard
 Mlodinow.



Carl Sagan 
O Mundo Assombrado 
Pelos Demônios.


segunda-feira, 2 de abril de 2012

Feng Shui e as Paisagens Chinesas

China, Guiliin - Guangxi  Zhuang, Rio Li. Fonte: Kaixin.com.au

Turismo de Paisagem: Você já fez?
   

      O método do Feng Shui  ( Fong Suei), nasceu na China e foi sistematizado no Séc. IX a. C.,  pelo estudioso Yang Yun-Sung que vivia em um lugar fabuloso em meio a colinas, rios  e montanhas magnéticas.

   

Abaixo algumas fotos das paisagens chinesas que inspiraram  o criador do Feng Shui:


China, Guilin. Fonte: kaixin.com.au


China, Guilin. Fonte: kaixin.com.au



O Turismo de Paisagem é algo fabuloso. Você viaja para curtir o momento presente diante da fabulosa e extraordinária natureza ao seu redor.

sábado, 24 de março de 2012

A Criança Índigo


Fonte: http://www.psicenter.psc.br/indigo.htm
    O seu filho "viaja" quando ouve algo que não lhe interessa na aula?
     Ou vira-se para um papo-cabeça com o colega? Ele parece desatento e distraído, mas fica horas superconcentrado no que gosta, como jogos de computador, futebol outeclados de um piano?
     Ele é rebelde, respondão e detesta injustiças? Precisa que você lhe explique com todo o carinho os motivos para que obedeça? Pois seu filho pode ser um índigo a cor arroxeada
do jeans, quase lilás, e escolhida por representar uma aura positiva. O rótulo foi criado por especialistas americanos para designar uma criança hipersensível, cujo cérebro recebe muito mais estímulos que a média dos mortais. 
     Algumas vezes, as crianças índigo não distinguem se são sonhos ou visões e nem sabem que são índigo. Mas não se trata de um fenômeno raro. Para a psiquiatra Ana Beatriz B. Silva, o índigo ou o lilás é a versão superdotada dos portadores do já conhecido distúrbio do déficit de atenção (DDA), uma característica do funcionamento cerebral superestimulado. Há poucas décadas, o DDA era tido como doença, lesão cerebral ou disritmia, que deveriam ser tratadas com drogas pesadas, segundo ela, uma visão hoje "ultrapassadíssima". 

      No Brasil, como a revolução tecnológica chegou alguns anos mais tarde, a explosão de potencialidades dessa nova geração índigo ainda está por despontar, mas Ana Beatriz já vê alguns deles, como o músico Marcelo Yuka, seu paciente há quatro anos, cujo "faro para a estranheza", como ela brinca, vem desde a infância: Tudo o que Marcelo Yuka descobre em termos de sons e parece estranho, depois de algum tempo vira popular. Os índigos têm ainda uma intuição exacerbada, como a Salete, que, segundo Ana Beatriz, é interpretada como uma espiritualidade elevada: Mas o que a ciência comprova é que os índigo têm um funcionamento cerebral diferente. Se não forem bem compreendidos, podem ser confundidos com pessoas impulsivas e agitadas. (...)

  
Como lidar com o índigo

SEM IMPOSIÇÕES: A psicóloga Débora Gil diz que os pais do índigo não devem fazer imposições só por necessidade de obediência. Essas crianças sensíveis, talentosas e  inteligentes não aceitam explicações do tipo porque sim ou porque não, respostas, segundo ela, tidas como de criança mas muito usadas por pais autoritários. Essas crianças não funcionam assim e exigem que os pais, com calma, expliquem o porquê de suas ordens.

CASTIGOS ABSURDOS: As ameaças de castigos absurdos, como o homem do saco vai pegar, vão passar pimenta na boca ou o papai do céu vai castigar, podem fazer o feitiço virar contra o feiticeiro. O índigo vai ver que esses castigos não acontecem e perderá o respeito por esses pais.

DISCUSSÕES FECHADAS: Nunca se deve discutir a respeito do índigo na frente dele. Ele vai querer participar da discussão. 

PAIS DIVERGENTES: Se o índigo percebe que os pais discordam em muitas questões  e ele percebe tudo vai acabar manipulando a família inteira. 

PAIS ATUALIZADOS: Os pais do índigo devem se atualizar em questões de alta tecnologia para poder acompanhar a criança e conversar com ela. Os índigos preferem revistas de ação, desenhos mais elaborados como os do X-Man, de tecnologias mutantes, jogos eletrônicos hiperativos como The Sims, que é uma simulação da vida real; o Civilization, que cria estratégias para a civilização desde o começo do mundo e leva meses para terminar. Se os pais não se atualizam, segundo Débora Gil, rapidamente os índigos deixarão de falar com eles, com a convicção de que eles não entendem nada mesmo.

REDAÇÃO NA ESCOLA: A psiquiatra Ana Beatriz B. Silva diz que nos Estados Unidos as escolas assimilaram há algumas décadas a lidar com os índigos, estimulando suas potencialidades. Uma sugestão de Débora Gil é a de redações de temas livres e variados.
O índigo escreve com pressa, come palavras e teria mais facilidade em escrever sobre o que mais lhe agrada.

PROFESSOR ALIADO: As turmas do índigo devem ser pequenas e o professor não deve ser um superior, mas um aliado. Uma maneira de trazer a atenção do índigo é lhe passar tarefas significativas, papéis de responsabilidade. Ele deve ser convidado para ser o monitor, um auxiliar do professor e jamais deve ser repreendido em público, muito menos de maneira estúpida ou severa. (...)

    O que a neurociência comprovou, segundo Débora Gil, é que o lobo pré-frontal do cérebro, que filtra os estímulos externos, trabalha mais devagar nessas crianças. Isso significa que as demais partes do cérebro recebem mais estímulos e trabalham mais rapidamente. A psiquiatra Ana Beatriz B. Silva explica que essas crianças são hiperestimuladas e, por isso, são mais inteligentes, sensíveis, intuitivas, criativas e ativas. (...)

Texto compilado de Márcia Cezimbro
Colaboração: Lílian Fernandes
Leia na integra em  O Globo.

Dica de Leitura:

Educando Crianças Índigo

 

segunda-feira, 19 de março de 2012

A Pipoca, Rubem Alves!


Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/File:Rubem_Alves.jpg


A culinária me fascina. De vez em quando eu até me até atrevo a cozinhar. Mas o fato é que sou mais competente com as palavras que com as panelas. Por isso tenho mais escrito sobre comidas que cozinhado. Dedico-mo a algo que poderia ter o nome de ‘culinária literária’. Já escrevi sobre as mais variadas entidades do mundo da cozinha: cebolas, ora-pro-nobis, picadinho de carne com tomate feijão e arroz, bacalhoada, suflês, sopas, churrascos. Cheguei mesmo a dedicar metade de um livro poético-filosófico a uma meditação sobre o filme A festa de Babette, que é uma celebração da comida como ritual de feitiçaria. Sabedor das minhas limitações e competências, nunca escrevi como ‘chef’. Escrevi como filósofo, poeta, psicanalista e teólogo - porque a culinária estimula todas essas funções do pensamento.

As comidas, para mim, são entidades oníricas. Provocam a minha capacidade de sonhar. Nunca imaginei, entretanto, que chegaria um dia em que a pipoca iria me fazer sonhar. Pois foi precisamente isso que aconteceu. A pipoca, milho mirrado, grãos redondos e duros, me pareceu uma simples molecagem, brincadeira deliciosa, sem dimensões metafísicas ou psicanalíticas. Entretanto, dias atrás, conversando com uma paciente, ela mencionou a pipoca. E algo inesperado na minha mente aconteceu. Minhas idéias começaram a estourar como pipoca. Percebi, então, a relação metafórica entre a pipoca e o ato de pensar. Um bom pensamento nasce como uma pipoca que estoura, de forma inesperada e imprevisível. A pipoca se revelou a mim, então, como um extraordinário objeto poético. Poético porque, ao pensar nelas, as pipocas, meu pensamento se pôs a dar estouros e pulos como aqueles das pipocas dentro de uma panela.

Lembrei-me do sentido religioso da pipoca. A pipoca tem sentido religioso? Pois tem. Para os cristãos, religiosos, são o pão e o vinho, que simbolizam o corpo e o sangue de Cristo, a mistura de vida e alegria (porque vida, só vida, sem alegria, não é vida...). Pão e vinho devem ser bebidos juntos. Vida e alegria devem existir juntas. Lembrei-me, então, de lição que aprendi com a Mãe Stella, sábia poderosa do Candomblê baiano: que a pipoca é a comida sagrada do Candomblê...Leia mais em O amor que acende a lua, p. 59.




Conheça "A Casa de Rubem Alves"  e divirta-se com este grande escritor.



segunda-feira, 12 de março de 2012

Receita deliciosa de Sorvete!

Fonte: "Sorvetes e Sorbets", Abril Coleções.


Bolo Sorvete com Merengue e Chocolate 
(Receita retirada do livro "Sorvetes e Sorbets", Abril Coleções.)



Rendimento: 4
Tempo de Preparo: 25 min
Ingredientes:
500 gr. de sorvete de baunilha 03 claras
40 gr. de açúcar de confeiteiro
01 limão
150 gr. de chocolate em barra meio amargo
02 colheres (sopa) de creme de leite fresco

Modo de Preparo

Com um ralador grosso, raspe 50 g de chocolate e misture ao sorvete de baunilha, amolecido em temperatura ambiente, amassando com a espátula por alguns minutos.
    Encha com esse sorvete uma fôrma em formato de cúpula e coloque-a no freezer por pelo menos 30 minutos. Leve também ao freezer um prato que resista à oscilação de temperatura. 
  Aqueça o forno a 240 °C. Derreta o chocolate restante em banho-maria juntamente com o creme de leite e a casca ralada do limão, bem lavado e seco, misturando continuamente.

 Importante: Bata as claras em neve muito firme com o açúcar de confeiteiro, utilizando a batedeira manual. Retire o prato do congelador e desenforme sobre ele o sorvete.

 Cubra-o uniformemente com o glacê de claras batidas e leve o prato ao forno a 240 °C por 4 minutos, até que as claras comecem a corar. Retire o semifredo do forno e corte-o em gomos, colocando-os em pratos. Guarneça-os com a calda de chocolate ainda quente e sirva imediatamente.





Dica:


Grande Cozinha: Sorvetes e Sorbets. 
Abril Coleções.


Abril, 2007. Vol. 09, 176 págs.;

 Receitas deliciosas do mundo e da escola de cozinha. 
Aprenda, entre outras receitas, um magnífico bolo de sorvete ao merengue com calda de chocolate.



sexta-feira, 9 de março de 2012

Calça Amarela, por Neusa Rocha


Calça Amarela


            Após esperar uns bons minutos, finalmente o ônibus chega. Estou no Centro da cidade, é Sábado e está anoitecendo.

            Entro no ônibus, pago a passagem e sento, bem na frente, sozinha.

            Lá fora, diagonal à porta que está aberta, observo algo que clama por minha atenção: um casal, ou melhor, uma calça. Ou melhor, um rapaz franzino, moreno, bem penteado e limpo, que se sobressai na multidão, vestindo uma calça de cor amarela. Ele conversa com uma moça muito bonita, morena, de cabelos longos e encaracolados, que pouco fala e tudo escuta, sorrindo um tanto tímida, contudo receptiva à conversa, aparentemente, animada do rapaz engraçado.

            Dá para perceber, claramente, que ele, por sua vez, está agitado e até parece um bailarino a dançar na frente da jovem. É incrível, mas os pés não param de se movimentar! Veste camisa preta, calça amarela e um par de botas pretas, de bico fino, bem limpo e lustrado.

            O mundo a minha volta pára, olho a cena, lá fora, eles estão invisíveis e suspensos naquela hora mágica do lusco-fusco onde a tarde finda e até mesmo as formigas invertem o seu laborioso ofício, marchando à ré, direto para casa.

            Agora, eles já estão imersos na penumbra. Eu firmo o olhar e tudo o que posso ver, neste momento, é a calça amarela. A calça amarela do franzino homem de cabelos pretos, repartido ao meio, penteados com gel. O rapaz não pára de andar pra lá e pra cá. O efeito é cinematográfico. O rosto moreno, o dorso e os pés, todos pretos, se mesclaram com a noite. O rapaz está invisível, menos as suas pernas vestidas numa exibida calça amarela.

            Neste momento, eu só consigo ter olhos para o rapaz franzino e feio que continua falando e falando com a morena atraente de blusa branca, cabelos castanhos e boca sorridente pintada de vermelho- carmim.

            A calça de cor amarela é realmente algo fantástico, estou assombrada. Não pensem que é uma cor comum, não, é uma cor amarelo-ovo, muito forte, gritante, fosforescente e muito chamativa.

             Penso com alegre afeto na calça amarela, no jovem franzino e na moça tímida, que nem conheço, mas que me distraem de mim mesma. Eles tornam-me um pouco menos existencialista e muito mais divertida. Eu fico pensando o que move um homem jovem a entrar numa loja e dizer:

             - Por favor, eu quero levar aquela calça amarela.

            Penso, que ele bem que pode ter sido engambelado, ou apenas incentivado a comprar a calça pela simpática e talentosa vendedora. Mas, quem sabe, não foi o preço mesmo, que ele viu divulgado no jornal da banca da esquina: Somente hoje. Queima de Estoque: uma promoção imperdível! – sorrio imaginando a cena – Mas, e se é gosto mesmo? Pior, se foi gosto mesmo, nem discuto. Pois, que cada um tenha a calça que mereça e que melhor lhe provir, prego!

             Dando cordas a minha imaginação, vejo-o entrando na loja, um tanto desanimado, de repente, ao levantar o olhar vê a calça amarela. Vejo os seus olhos escuros faiscarem e tomado de súbita inspiração, sem experimentar, compra a calça. E, bem feliz, vai pra casa e veste-a com a sua melhor camisa e o seu único e bem cuidado par de botas de couro de bico fino.

             Ele se sente muito bem: - Quem sabe não tenha uma chance com aquela moça cheirosa, que veio do interior há poucos dias, colega de trabalho da irmã do meio - Vejo-o cantar, assobiar, passar gel d´água pós barba no rosto magro e pentear meticulosamente os cabelos com o pente fino empapado de mousse Fix Hair. Ele escova os dentes e gargarejando alto gospe na pia, secando a boca com as mãos, se olha no espelhinho do banheiro e muito satisfeito consigo diz, em voz alta: - Vai lá cabrão! - sorri e teso sai à rua em busca de ser o possível candidato ao coração da linda morena.

            Talvez, possa ser ela, a jovem atraente de cabelos castanhos encaracolados, tímida, de lábios pintados de vermelho- carmim e olhos cor de mel, bem ali, parada a sua frente, a sua noiva dos sonhos. Sim, porque homem também sonha: sonha em casar, em ter um ombro quente e amigo, uma mulher pra chamar de sua, uma família bem bonita pra caminhar juntos e bater uma bola na praia, um cachorro pra correr atrás das crianças, enquanto o casal ri e toma uma cerveja gelada. Sonhar não paga juros, na verdade, não custa nada. Ele sonha. Nervoso, resolve mesmo ir buscá-la após o expediente de trabalho para acompanhá-la de ônibus até o apartamento que ela divide com outras meninas.

            Sem pressa, volto toda a minha atenção para o ônibus, diagonal à porta, que está aberta, lá fora, continua conversando o rapaz franzino, a moça atraente e a calça amarela, que domina o ambiente a sua volta. A jovem mais solta, conversa com ele e ela nem parece perceber a calça amarela, berrante, que dança a sua frente, tão ridícula e contagiante. Ao contrário, percebo que ela está completamente hipnotizada pelo franzino, feio e dançante rapaz, metido, em sua brilhante, calça amarela.

            Mas, ao que parece a calça amarela esta funcionando muito bem, funcionando a favor do divertido rapazinho. Deveras, assim como uma lâmpada fosforescente atrai todas as "mariposas", a luz da cena, iluminada de amarelo, prende toda a minha atenção. Eu, agora, estou totalmente voltada para aquela misteriosa esfinge murmurante que parece dizer:

            - Decifra-me ou... Devoro-te! – suspiro sem respostas.

            O motorista e o cobrador, depois de tomarem um cafezinho na lancheria, sobem para o ônibus que já está quase lotado. O motorista, boa pinta, senta ao volante, fala com o cobrador, ri alto, liga o motor, me olha pelo espelho, engata a marcha rascante e sem nenhuma pressa fecha a porta do coletivo, manobra com habilidade e sai barulhento, me levando, por obséquio, para longe dali.

            Enfim, estou indo para casa. Não posso mais ver o curioso casal, então, volto o meu olhar para a janela que reflete uma imagem cansada, me olho cúmplice e intimamente sorrio, concluindo:

            - Talvez, eu, esteja precisando comprar uma Calça Amarela.



Obs.: O conto Calça Amarela é  integrante da antologia "A
Presidiária", resultante do evento Contos Curtos/2009.
Via Literária, Cidade de Porto Seguro - BA.





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